quarta-feira, 19 de setembro de 2012

15º capítulo.


Era o Luan, sua mão tava gelada e ele suava, tremi na hora e pensei em aceitar, só que não.
-O que você quer comigo?
-Por favor, vamos no meu quarto?
-Não tenho nada que conversar com você, muito menos ir no seu quarto.
-Por favor, eu imploro. – Ele choramingava.
-Ta bom, eu vou. Te dou 5 minutos só. – Com ajuda dele, querendo ou não, subi a escada e me sentei na cama dele. – Pode falar, to contando.
-Não faz isso comigo. Eu queria conversar com você, quem sabe fazer as pazes, você sabe que eu ainda gosto de você.
-Ta, sei. Humrum.
-Não faz assim comigo, eu to sofrendo tanto que você nem imagina, isso tudo ta me torturando, detesto ficar mal com você, você sabe disso, toda vez que a gente brigada sempre dava um jeito da gente ficar bem.
-Só que eu cansei de ser burra Luan, você sabe muito bem disso. E como eu já te disse, eu cresci, amadureci, e agora sou outra pessoa totalmente diferente.
-Mais eu tenho certeza que seu coração ainda é aquele, daquela menina que eu conheci a anos atrás. Sempre capaz de amar outra vez, de perdoar novamente. Você só colocou uma armadura na sua frente Elena, isso é totalmente diferente. Se bloqueou com medo de se decepcionar novamente. E tudo culpa minha. Você não sabe o quanto me arrependo disso. – Ele sentou ao meu lado e alisou meu rosto. – Você sempre foi linda, por dentro e por fora. Realmente eu não te merecia.
-Para com isso Luan, você errou e ainda bem que você sabe. Mais eu não sou melhor que ninguém.
-Você é sim. Lembra quando eu fazia shows e não tinha tempo de estudar pra prova e você ia lá e fazia as minhas? Lembra que você sempre fazia os trabalhos dobrados porque sabia que eu não ia fazer? Lembra que você me deu um violão de presente? Sempre me ajudava nas apresentações? Sempre me dava forças pra tudo? Você sempre foi uma pessoa sensacional Elena, e ainda é! Eu que fui um burro, fiz você me odiar, me detestar. Se meus pais souberem disso eles vão ter vergonha de me ter como filho, pelo pouco que eles conhecem vocês, eles já te adoram.
-Para com isso, eles vão te amar de qualquer jeito.
-Não iam não, você mesmo viu como o Roberval ficou comigo.
-Ele é meu amigo, isso é normal. Mais para de se maltratar garoto, mesmo eu não gostando de você seja o que for, detesto ver uma pessoa de maltratando, dizendo coisas assim.
-Ta vendo? Como sempre você sempre pensando nos outros, até em mim que sempre fui um cachorro com você. Me perdoa? – Ele se ajoelhou.
-Luan levanta daí.
-Só levanto quando você me perdoar.
-Luan não é tão fácil assim, eu mudei por sua causa, eu mudei minha vida, tranquei meu coração pra não sofrer mais, é tudo muito confuso ainda pra mim, acredite.
-Promete pensar?
-Prometo. – Respirei fundo e fui saindo do quarto.
-Ei, espera. Não sai antes disso. – Me envolveu em seus braços e me beijou, retomando aquele velho beijo de antes, seu hálito tinha gosto de menta e sua mão percorria minhas costas e uma estava dentro do meu cabelo. Era um beijo que me tirava de órbita e me fazia esquecer o mundo, e pensar que só tinha eu e ele ali, e ninguém mais. 

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